27 de maio de 2011

IIIª Guerra Mundial

Há alguns dias iniciou aqui em casa a IIIª Guerra Mundial, sim, a terceira Grande Guerra inicia e justo aqui em casa, no meu pátio! Vamos entender os primeiros passos da formação desta guerra e aqui estudaremos sua figura principal, um ditador frio e cruel, muito atento com as posses conquistadas:

A figura mítica de um líder opressor
Interventores:
  • Ditadores: Beija-flor Verde-Branco; Beija-flor primeira dama (Verde-Branco fêmea); Beija-flor Preto-Vermelho.
  • Força Rebelde: Beija-flor Darth Vader (todo preto); Beija-flor bico laranja (cor terra);
  • Outras forças no conflito: Exército de abelhas; Exército de formigas; Pássaro sacana.
Vigilante, o líder mantém observação contínua sobre os territórios conquistados.

Até a manhã de 22 de Maio o único território de alimento não natural em meu pátio era mantido para todos os animais que ali desejassem se alimentar. Porém o grande Beija-flor negro, chamado pelos jornalistas que fizeram a cobertura do conflito de Darth Vader, se apossou deste território e impediu os companheiros de se alimentar, utilizando-se da força física de seu robusto corpo de alguns centímetros. Mas o veloz e destemido Beija-flor Verde e Branco manteve as esperanças e para agradar sua companheira expulsou Darth Vader do local. Angustiada minha mãe colocou outro ponto de alimento, este ao norte, que foi logo conquistado pelo monopolizador Beija-flor Verde e Branco. Sério, este conflito é muito sério! Aquele que até então estava a auxiliar os fracos e oprimidos tornou-se o opressor ao conquistar a totalidade de territórios do jogo, mas como isto não é WAR e sim a VIDA REAL (para você que ainda não entendeu o problema do conflito, imagino que deva estar se sentido como o garoto deste vídeo, clique Aqui e veja, principalmente aos 0:23), o conflito não terminou por aqui e se estendeu a tarde inteira, com muito sangue derramado. (Tá, este dado não é real, não houveram mortes)

O aliado do ditador aproveita o momento para deliciar-se no território sul. 

O ditador se manteve atento a todo o seu amplo território, expulsando os rebeldes que ousavam se alimentar. Acredito que o temor de um retorno de Darth Vader era iminente no astuto cérebro de nosso líder. Aqui você verá as fotos de muitos combatentes, mas infelizmente não possuímos fotos da força rebelde, pois os mesmos se mantiveram na clandestinalidade e quando apareciam era violentamente expulsos pelo rápido e fugaz ditador Verde e Branco. Os ataques rápidos, as investidas certeiras... O ditador Verde e Branco atacava com mísseis seus adversários e por muitas vezes ousou atacar jornalistas, historiadores e outros estudiosos que cobriam o intenso conflito. 

















Aqui o líder supremo em dois momentos: Atento a qualquer movimento suspeito e aproveitando-se dos recursos não naturais dos territórios conquistados.

Outras forças estão envolvidas neste conflito, como é o caso do exército das abelhas que controlou a região sul por boa parte da tarde, mas que permitiram a utilização da mesma pelos Beija-flores. Mas quem mais parecia influenciar no conflito era um pássaro muito sacana e de porte muito maior que o pequeno e barulhento líder dos Ditadores. Suas tentativas de beber água sempre se confirmaram e ele parecia não se preocupar com seus colegas que controlavam as regiões. Veja fotos abaixo:


A Guerra continuou a ocorrer com a chegada de reforços de ambos os lados e a cobertura deste conflito você ficará sabendo em breve.

26 de maio de 2011

Lamb - 5

O que pode mudar em 8 anos? Este é o período de tempo entre os álbuns "Between Darkness and Wonder" e "5". Será que muita coisa mudou para o Lamb? 


Lou e Andy
Lamb é uma banda inglesa de trip-hop da cidade de Manchester. Nascida em 1996 no cenário do trip-hop inglês que ia ganhando popularidade com álbuns de bandas como Massive Attack (1991) e Portishead (1994). É mais restritamente um duo, formado pela vocal Lou Rhodes e o instrumentalista Andy Barlow.
A banda sempre fez sucesso em seu país e um sucesso mais estrondoso em Portugal (Tem muito site português falando da banda e no Festival Marés Vivas 2009 eles enlouqueceram a multidão!) e agora tenta emplacar novos singles para se re-inserir no mercado mundial de música. Talvez este não seja exatamente o desejo deles que sempre figuraram em um cenário mais underground com as canções "Gabriel" e "Gorecki". Eles chegaram a estar entre os mais escutados de Portugal em 2001 e também sempre marcaram presença na Inglaterra, mas por algum motivo desconhecido não atingiram sucesso em outros locais, acho que o estilo Trip-Hop não agrada tanto quanto um Pop ou coisa genérica produzida aos montes nos Estados Unidos. 

Vocês chegaram a perceber como as bandas dos anos 90 estão voltando? E Lamb retorna junto com outras do mesmo estilo, como é o caso do Morcheeba. Poderemos voltar a ouvir algo novo da voz melodiosa (e algumas vezes um pouco irritante) de Lou Rhodes misturada as experiências eletrônicas criadas por Andy, com uma pitada de elementos de Jazz e um estilo futurista presente em cada ruído.
As influências da banda variam incrivelmente, desde budismo até cyberpunk.
Vai dizer que essa foto não é legal!
Lamb hoje!
Lou Rhodes já anunciou em entrevistas que o álbum "Five" remete muito ao início da banda, de um período em que eles não possuíam muito rumo ou horizontes. Creio que o álbum também sofreu influências da vida de Lou, que se mudou da organizada Londres para o interior, no campo inglês (inveja). E parece que os conflitos de idéias entre os dois finalmente encontrou seu término, é assim que esperam os fãs. 

Lamb ressurge muito parecido com o que era antes.
Agora vamos a música! A que se destaca mais, ao meu ver, é "Build a Fire", com sons agradáveis e uma voz suave em seu início, a música logo ganha um tom militar ao introduzir uma espécie de tambor e assim vai até ganhar ares épicos e empolgantes. "Another Language" que parece ser o carro chefe do Cd merecia um clipe melhor trabalhado, ainda mais pois mostra toda a mistura de sons e efeitos combinados com a voz surreal de sua vocalista. "Butterfly Effect" é cheia de efeitos e sinceramente... Eu já ouvi algo assim antes! "Rounds" é uma balada muito bonintinha, "She Walks" não foge muito do estilo mas possui um toque mais característico da dupla. "Last Night The Sky" começa forte mas ela seria mais bacana com elementos árabes ou algo desse tipo, como o 3-11 Porter faz em "The Loneliest Night On Earth". "Back to Beginning" (com vocais melancólicos de Damien Rice) parece nos mostrar que no fim tudo foi uma volta para as origens da banda.

5 é um álbum bom. Não é esplêndido. Porém serve para um recomeço. E que seja um bom recomeço!



22 de maio de 2011

Americanos de descendência chinesa sequestram girafas africanas!

Registro do momento do crime em pleno solo africano. Este grave incidente irá causar desânimos na comunidade internacional. Que dó, que dó da Girafa! =/


19 de maio de 2011

O bom homem

Carregue o vídeo abaixo e se detenha na letra da música. O vídeo não é o mais importante. Tire suas conclusões.


THE GOOD MAN - HUSKY RESCUE
Eu sou o superman

O grande inimigo do mal
Eu luto pela bondade
Luto pelo que é certo
O superman com seus super poderes
O herói contra a má conduta
Eu sempre fui o superman.

Quando eu era um garotinho, queria ser um bombeiro
Correr pelas chamar com meu super martelo
Esguichar água e lutar contra o fogo,
As chamas e a densa fumaça
Esmagar coisas com meu super martelo e resgatar as boas pessoas
Os cidadãos decentes.

Eu queria deixar minha mãe orgulhosa de mim
Ela era minha heroína.
Eu queria ser médico
Combater as doenças com meu conhecimento
Fazer minha mãe imortal
Ajudar todos que tivessem problemas ou que se sentissem mal.

Eu queria ser um oficial, um policial daqueles de uniforme azul
Prender as pessoas más, varrer o crime das ruas
Apreender gangsters com meu super-carro e detê-los com minhas balas.

Eu queria ser um homem honrado, como meu pai.
Um bom homem, que cuide de sua amada família...esposa e filho.
Chegar todo dia do trabalho e ler o jornal, construir uma casa no interior e ir pescar.
Agora eu tenho tudo isso...
Bem, minha esposa não me ama mais, mas tudo bem.
Já tenho outros planos
Tenho tudo em mente
Eu sou o superman
Lutando contra o mal.
Um dia, eu voarei...como uma borboleta
Voando pelo céu, e irei tocar o sol...

Os sons do silêncio...

15 de maio de 2011

A história de Włodek - parte 02

Então, muitos devem ter acompanhado um pedaço da História de Wlodek aqui, e viram que fiquei me perguntando como era o rosto desse intrigante personagem que faz parte da nossa história, pois então, bastou apenas procurar um pouco mais até descobrir isso: 

Esse simpático senhor é Włodzimierz Pirożnikow (1920-2008), ou conhecido por mim até então como Włodek (Wlodek). O guia da Floresta de Białowieża, um caçador e um grande contador de histórias, assim ele podia ser definido, mas Wlodek era mais que isso.

A casa em que Wlodek viveu durante sua permanência em Bialowieza
Wlodek morou durante muito tempo em Zwierzyniec, no meio da floresta primitiva de Bialowieza, na fronteira da Polônia com a Bielorrussia, lar dos bisões europeus (ou bisões lituanos). Filho de uma latifundiária e de um marinheiro do Império Russo, Wlodek nasceu no mesmo ano que minha vó materna, pouco depois do fim da 1ª Grande Guerra. O garoto cresceu e começou a cursar Engenharia Florestal, seus estudos foram interrompidos pela eclosão da 2ª Guerra, da qual a Polônia foi devastada, sendo que 25% de sua população veio a óbito. Preso pela NKVD e com o pai assassinado pela mesma anos antes, Wlodek não desistiu da resistência, sempre se reunindo com outros poloneses para formar agrupamentos militares. 

Durante a guerra ele viajou pelo mundo, esteve no Oriente Médio, na Rússia, na Costa Atlântica da África, na Inglaterra, enfim, ele tornou-se exemplo do que se refere a um mundo globalizado, tendo vivenciado diversas histórias. Estabelece moradia na Polônia pós guerra e termina os estudos, ganha emprego em Bialowieza em 1962, onde foi responsável pelo aumento do número de bisões de 56 para 235. Os bisões europeus já habitaram um território que ia da ilha da Bretanha até a Sibéria e da Escandinávia até o Irã, preciso falar de quais territórios eles habitam hoje?
O bisão olha para a lente do fotógrafo Stefano Unterthiner, mas quem olha para eles?
Wlodek possuia uma visão quase mística da floresta em que vivia e trabalhava, observando daquele local tão distante a degradação da humanidade. Sua visão está registrada em documentários, filmes, entrevistas e livros de autores poloneses e do exterior, ele era responsável pela visita destes a floresta e como possuia uma grande capacidade de se comunicar e expressar seu sentimento sobre o local ele se tornou um símbolo da Bialowieza.

O povo de Bialowieza sempre sofreu, pode-se notar isso ao visitá-la, junto das folhas e galhos secos estão enterrados inúmeros corpos em seu solo, com seus túmulos improvisados feitos de cruzes e pedras toscas. Durante a segunda guerra muitos judeus viveram ali, testemunhando a dificuldade de sobreviver sem comida e moradia, sendo a permanência ali tão precária quanto a dos guetos de Varsóvia. O povo da floresta também passou dificuldades durante a ocupação comunista russa, moradores eram enforcadas diariamente, sabujos empurravam pessoas para a mata fechada. A floresta mais intocada da Europa sobreviveu ao III Reich; ao governo do louco Nikita Khrushchev, que a via como território de diversão assim como os antigos Czares; ao Império Comunista e a sua segadora que limpava diariamente a fronteira do Império com a Polônia, no centro da Bialowieza. Aqui notamos, até mesmo que a mata era persistente e revolucionária, crescendo todos os dias e dando trabalho para não desaparecer. E pensar que Wlodek acompanhou a maior parte desta história de perto.

Para mim, descobrir que Wlodek havia morrido no fim de 2008 foi uma verdadeira tristeza, apesar de ter descoberto quem ele era e ver seu rosto, eu sei agora que nunca falarei com ele (pois espero que o espírito de um velho polonês não venha me atormentar, haha). Sua história é uma mínima parte daquilo que entendemos pela Grande História, mas qual o sentido de estudá-la sem ver estes casos? Que dão vida e sentido a datas, fatos e a processos históricos!

Włodzimierz Pirożnikow (1920-2008)
"O Estado não me interessa, este é o meu Estado, a natureza. Você entende: o estado da natureza"

14 de maio de 2011

Said the Whale

Para quem gostou de Hey Rosetta! talvez venha a apreciar as músicas feitas pelo também canadense Said The Whale.


A banda de Vancouver é parecida com a da Terra Nova, mas vejo Said The Whale com um tom mais alegre e menos vibrante, isso pode parecer pouco, mas faz bastante diferença. O som da banda é claramente um indie rock com pegadas do folk, do country e do pop. Não quero restringi-los a gêneros mas dar uma noção do que pode ser encontrado ao escutá-los.
Putz. Eu não tenho como não comparar Said The Whale com Hey Rosetta! pois quando descobri uma banda eu descobri a outra e desde então tenho escutado muito as duas, novamente vou relacioná-las ao dizer que Said The Whale me remete muito ao campo, como uma lenta viagem de barco em um grande lago canadense ou de um grupo de amigos passando um final de semana divertido no campo, talvez até colhendo algumas maças como no clipe de "The Light Is You", que você não pode deixar de ver.

A calmaria no barco, a estranheza da cidade e a diversão no parque.
Eles acabaram de ganhar Juno Award for New Group of the Year 2011, um importante prêmio no Canadá, mostrando que cada vez mais eles se solidificam em posição especial dentro do país e parecem compor uma nova leva de artistas junto com Hey Rosetta!, Two Hours Traffic, Sunset Rubdown, Hotkid e o mais badalado, Arcade Fire. Estes parecem assumir, aos poucos, um espaço privilegiado que pertence/pertencia a Feist, Avril Lavigne, Simple Plan, Nickelback, Metric, Broken Social Scene e Justin Bieber (este infelizmente), dentro da música canadense.


Assim como seus compatriotas do Hey Rosetta!, a banda de Vancouver apresenta belas capas de álbuns e EPs, que são bem trabalhadas e só deixam seu trabalho ainda mais interessante.


Ficha:
Said The Whale
Canadá
Indie Rock
2006-Presente
Músicas para ouvir: The Light Is You, A Cold Night Close To The End, Black Day In December, This City's a Mess, Holy Ontario, Curse of Currents, Goodnight Moon, This Winter I Retire.
Porque ouvir? Said The Whale é típico de um dia frio e com muito sol. É uma banda que traz diferentes elementos para suas músicas, algumas parecem cantigas de ninar (Goodnight Moon e Holy Ontario) e outras são entusiásticas (Black Day In December e This City's a Mess). É muito parecida com Hey Rosetta!, lembra o frio Canadá, os campos e as florestas mas também nos mostra uma alegria diferenciada com um tom, até certo ponto, infantil e despretensioso.

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