Natureza e Turismo em Santa Maria

Leia um pouco sobre História, Turismo, atualidades e Natureza de Santa Maria!

Parque Oásis em 2010

“As cidades planas da fronteira, as cidades do planalto central e as cidades de cima da serra. Nenhuma cidade do Estado, sob este aspecto, é privilegiada como Santa Maria, que tem dois andares, dois climas, e até duas safras agrícolas”.

Este trecho da reportagem “Santa Maria: cidade turística”, publicada nos dias 27 e 28 de maio de 1989, no extinto jornal local O Expresso, traz uma importante característica natural da cidade, presente em nosso cotidiano e muito esquecida em nosso intenso dia-a-dia. Escolho esta reportagem para relembrarmos um pouco sobre este assunto e discutir sobre um fragmento da História de nossa cidade que está tão presente nos dias de hoje.

A Mata Atlântica que possuímos hoje não é mesma do século XIX a qual encantou o explorador alemão Robert Avé-Lallemant ao ver de cima da serra o contraste desta com o Pampa. Extremamente reduzido, nosso último resquício de Mata Atlântica ainda se encontra com os campos, mas em um ambiente cada vez mais alterado pela presença humana e cada vez mais ameaçado, haja vista o exemplo da intervenção do IBAMA em Arroio do Tigre.

Mas mais do que a preservação desta característica que faz de Santa Maria uma cidade muito diferente das outras, a edição do jornal O Expresso trazia uma preocupação com o turismo da cidade. Considerando que a população local, principalmente os estudantes, acaba deixando as ruas da cidade “desertas” no verão, a matéria incentiva a utilização dos balneários e as áreas dos morros para o desenvolvimento turístico.

Porém, vinte e poucos anos depois da reportagem ter sido lançada, estamos presenciando a possível venda do Parque Oásis, de Itaara, que há um bom tempo deixou de funcionar, além de vermos a receita para o Turismo cair.

A população considerada flutuante deve permanecer na cidade durante o intenso verão santamariense se houver um plano público de Turismo que vise muito mais do à construção de um pórtico, mas que invista nos locais de lazer públicos e que crie outras opções que se utilizem das características tão marcantes da cidade. Sem esquecer-se de investir na segurança e conservação destes espaços. Espero que não apenas os clubes sociais criem projetos e se modernizem, mas que haja na cidade a amplificação de espaços de lazer, turismo e cultura.

Talvez a população de Santa Maria queira relembrar os momentos que passou em locais como a Montanha Russa, o Oásis e em outros locais, não só da região serrana, mas da cidade como um todo. E uma das alternativas é a realização de projetos turísticos que estejam aliados a preservação das características naturais de nossa cidade e região. 

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Um minúsculo "artigo" feito por mim para a disciplina de Prática do Historiador em Arquivologia, ministrada pela Profª. Dra. Gláucia Vieira Ramos Konrad em 2010. O texto foi baseado em uma fonte do Arquivo Histórico de Santa Maria, no caso a edição de 27-28 de Maio de 1989 (eu nem tinha nascido) do extinto jornal local O Expresso. O artigo foi publicado no jornal local A Razão, no dia de hoje (12-08-2011). A Foto é de autoria de Cláudio Vaz.

O Artigo traz inúmeras atualidades da cidade como a provável venda do Parque Oásis, os investimentos privados dos clubes Dores e ATC, a queda da receita para o Turismo em 2011, a intervenção do IBAMA na Mata Atlântica de Arroio do Trigre (que você pode ler mais aqui) e também as minhas recentes preocupações e estudos nesta área tão apaixonante chamada de História Ambiental, que me levou a conhecer os relatos do viajante alemão Robert Avé-Lallemant, que ficou muito ansiado para visitar a localidade de Santa Maria ainda no século XIX.